Curioso tópico, curiosa questão, curiosas respostas - todas em inglês!
Eu falo uma das 10 mais faladas línguas do planeta - o português - e, entre as respostas aqui escritas, só encontro uma menção à minha língua e em sueco (um título que nem conhecia): Kejsarn af Portugallien. Não vou aqui enunciar a importância da língua portuguesa na arte e cultura internacional, ela fala por si. Vou apenas tentar explicar a motivação do meu interesse em línguas estrangeiras, logo no LingQ: o melhor conhecimento possível sobre os diversos Referentes nacionais - os centros descodificadores de significados, segundo a teoria dos Signos de Saussure. A questão colocada, em inglês, “Do you learn languages for communication or for content?” é exemplo disso mesmo. No nosso Referente, nativo ou adquirido, “comunicação” e “conteúdo” não é dicotomia (or) relação adversativa - é relação de nexo semântico, logo, a questão nem se poria, à partida, nesses termos. Talvez algo como “(você) aprende línguas para conversação ou para seu (delas) próprio conhecimento?” (Do you learn languages just for dialogue or for their own knowledge?" Mais: no nosso Referente, nativo ou adquirido, o significante “content” não é imediatamente reconhecido como “conteúdo” mas como “alegre”, Igualmente, suponho, em castelhano, francês, italiano, línguas que também estudo; ou romeno, grego, russo, árabe, mandarim, que muito me interessam mas não sei (ainda) falar. Obviamente, todas estas observações terão lugar em toda a língua comparada, naturalmente: as línguas são processos/construções sociais evolutivas, mais ainda na Era da mundialização. Simplesmente entristece-me e revolta-me assistir, no fim da minha vida falante, à perversão do meu Referente nativo, tão rico em sentidos, pela aculturação mediática lexical de origem anglo-saxónica - versão Usa - através da versão crioula, já aculturada, brasileira, principalmente. O português brasileiro culto é registo belíssimo, o registo popular é delicioso de ternura, ambos contribuíram para o enriquecimento geral, integral, da minha língua pela música, a literatura, a tradução. A versão mediática “viral”, não: essa é pura conspurcação em 90%.