@gcfreire Eu entendo a tua colocação, caso esteja se referindo a mim. Realmente me expressei mal acima, quando disse “Eu penso que, se existir algo ‘engraçado’ nessa história, será o fato de alguém de outra língua estar falando português”.
Eu já deixei “engraçado” entre aspas, pois na hora me faltou palavra melhor. Mas quiz dizer “engraçado” no sentido de curioso, que desperta atenção, como quando vemos um brasileiro mesmo, vindo de uma região da nossa, falando com sotaque diferente… Não foi no sentido de que temos o hábito de debochar de estrangeiros. Pelo contrátrio. Há sim, boa vontade em ajudar aqueles que estão se esforçando pra falar nossa língua.
Edwin, pronunciar a “de” com som de “dji” é a forma mais comum de São Paulo para baixo. No nordeste é pronunciado “di”… com um som parecido com o som da letra “D” em inglês. Dizer “de” numa frase como “… de todas as coisas que vi, a que mais gostei foi…” pode parecer bastante artificial de uma forma geral.
Olá pessoal, também vou deixar um pouquinho do que estou entendendo da discussão aqui:
Acho que a comparação que o @tomaSito usou ali com o “the” do inglês vale sim, mas para a pronúncia do “de” do português de Portugal e de outros países africanos que também possuem o português como língua…
Não podemos esquecer que o português brasileiro tem um sotaque bem próprio e bem diferenciado do europeu/africano.
Agora vai depender do estrangeiro que está aprendendo português optar pela escolha do que lhe parece mais razoável e de maior “uso”. Se a pessoa for para Portugal e falar um “dji” vai ver que o “the” não tava tão equivocado assim…
Não podemos estabelecer um certo/errado aqui para uma língua que é tem diversos sotaques não é mesmo?
E o que todos já disseram aqui é válido: o /dji/ ou /di/ vai ser muito bem entendido por nós brasileiros.
Não concordo, não… ainda mantenho (como falante nativa da língua inglesa) que qq pronúncia da palavra “de” em português (e olha que já falei pessoalmente com brasileiros de várias partes do Brasil, com portugueses e com o próprio Tomás) é nenhum pouco parecida com a da palavra “the” em inglês, sendo que português não tem o som do “th” (um som com qual muitos falantes nativos de português lutam MUITO para aprender), que realmente não tem nada a ver com o som do “dji”, nem (obviamente) do “di”.
Além disso, ainda me incomodo com a afimação que os falantes de português debochariam de estrangeiro que tenta falar o “de” do português.
Quanto a escolher o sotaque preferido, e que não existe um sotaque “certo/errado” em português (nem em inglês), concordo, pois já escolhi o meu em português faz tempo e continuo bem contente com essa escolha, apesar de várias pessoas já sugerir que eu mude de ideia.
Acho que o tornaSito está confundindo duas coisas diferentes. Nem o fonema sonoro que se escreve com th em Inglês (há também um surdo com a mesma grafia, nao é um fonema só que se escreve assim em Inglês) nem a forma como os brasileiros, especialmente cariocas, pronunciam o d do de é o fonema que corresponde normalmente à letra d na maioria das línguas, inclusive em Português Brasileiro fora do contexto antes de [i - fonema, nao letra…], que é um fonema oclusivo. Mas os dois sons sao diferentes. O som do Inglês é uma fricativa interdental. O do Português Brasileiro é uma africada, um som que começa como o [d] oclusivo e termina como se fosse uma fricativa palatal, a mesma de janela (para representá-la, eu precisaria de um símbolo especial do alfabeto fonético). Na verdade o som do Inglês correspondente ao som inicial do de é o som inicial da palavra jeans (em Inglês, naturalmente; em Português ela tem o mesmo som de janela).
Oh Zinda, Não percebo nada do que dizes: “há também um surdo com a mesma grafia”; “fonema oclusivo”; “fricativa interdental”; “O do Português Brasileiro é uma africada”; “o [d] oclusivo e termina como se fosse uma fricativa palatal”;
tornaSito, se era para fazer a diferença clara, o recurso era esse, usar linguagem fonética… Fonemas surdos (por ex, [p, f, t, s, k] nao fazem vibrar as cordas vocais; os fonemas sonoros correspondentes [b, v, d, z, g] fazem. Fonemas oclusivos [p, b, t, d, k, g] sao os que incluem um fechamento total do aparelho fonador, fonemas fricativos [f, v, s, z e os “chiantes” que precisam de símbolo do alfabeto fonético para serem representados] sao pronunciados com aperto do articulador ativo (língua, na maior parte dos casos) contra o passivo (lábio, dentes, palato, em que o articulador ativo encosta), mas deixando uma passagem estreia onde o ar escoa e faz barulho. Os chiantes sao fricativas palatais, porque sao articulados no céu da boca, ou palato. Fonemas africados começam como oclusivos e terminam como fricativos (como os fonemas iniciais de cheese e jeans, em Inglês). O uso da linguagem técnica pode ser complicado para quem lê, mas, uma vez a barreira transposta, é mais claro, mostra onde está a diferença.
No Portugal, já ouvi pronunciar “d” numa maneira um pouco parecido com um “th” inglês sonoro.
Por exemplo o “d” na palavra “Madeira”, ou o segundo “d” na palavra “cidade”.
Bli, a nao ser que haja alguma pronúncia dialetal de que eu nao esteja sabendo, nao é o mesmo som do th sonoro; pode parecer parecido, porque na verdade o que ocorre é que o [d] é seguido por um schwa, o mesmo tipo de vogal átona que ocorre nas sílabas átonas do inglês (como, segundo o Cambridge Dictionary for American English, seria o caso da primeira vogal de alone) e no dito “e” mudo do francês – a vogal representada no alfabeto fonético por um “e” invertido, de cabeça para baixo, que, em Português de Portugal, corresponde quase a uma falta da vogal. Isso provoca talvez uma certa aspiração do [d].
Zinda: o som que ouvi não é esatamente o mesmo do que o “th” inglês, mas tambem não é o mesmo do que o “d” normal: acho que a punta da lingua tem uma posição intermedia.
(Sorry, I switch to english; my portuguese is still limted)
Wikipedia mentions this sound in portuguese:
Apparently, it’s a feature of northern and central dialects
And I found a page that seems to say that the dental fricative is even a normal sound in Portuguese from Portugal: Portuguese dialects - Wikipedia
In Brazil, original voiced intervocalic stops are still pronounced as such, e.g. [vidɐ], [kabu] instead of the normal Portugal pronunciation [viðɐ], [kaβu]
Para bli: quanto ao português europeu do extremo Norte, eu sabia disso; do português central é novidade para mim. Esse som do extremo Norte é sim o do th sonoro do inglês, o símbolo usado é o mesmo.
simples!Observa a pronuncia da letra “D” e “E” junta os dois e forma um som. No português é fácil pronunciar as palavras por ser uma língua silábica,você não precisa checar um nativo pra saber a pronúncia correta basta juntar o som de cada letra.O português é muito fácil pronunciar as palavras, basta você decorar os sons do alfabeto e saber o som de uma consoante junto com uma vogal. Um exemplo: “Ba- na- na” “Ma- ca- co” “Ba- la” é mais simples que o inglês por ser uma língua que monta letra por letra e forma uma palavra.
Uma dica para os estrangeiro que querem aprender o português! quando vocês forem pronunciar as palavras em português,vocês der muita ênfase nas vogais.Vocês devem pronunciar fortemente o som das vogais aí o som fica correto.
Uma exceção: os Portugueses não pronuncia fortemente as vogais como os Brasileiros.
Um exemplo disto é todo Brasileiro quando está aprendendo Inglês ele comete este deslize ao pronunciar os sons do Inglês, por terem a prioridade de som nas consoantes, diferente do português. ex.FaceBook aqui os Brasileiros pronuncia assim:FeiceBuki dando ênfase nas vogais por ser a marca de nosso Idioma, sendo que o certo é pronunciar com ênfase nas consoantes com a pronúncia Inglesa,a vogal é muda ao contrario do Português.
Sou obrigado a discordar. A pronúncia do português (tanto europeu quanto americano), pode ser traiçoeira. O “A” em português, por exemplo, nem sempre é “aberto”, como no italiano. O exemplo que você citou, “BANANA”, é pronunciado BANÃNA, ou mesmo BÃNÃNA.
Claro que, no inglês, essas irregularidades na pronúncia são muito mais frequentes, vide: tough, though, thought.
De qualquer maneira, acredito que para conhecer a pronúncia de uma palavra, é preciso ouvi-la (no caso de qualquer idioma).
Eu concordo com você a base para aprender um Idioma é a “ESCUTA” isto é indiscutível,em hipótese alguma estou dizendo que a pessoa vai largar de escutar e ficar observando o alfabeto.
O exemplo que citei BA-NA-NA eu estou mostrando a estrutura do idioma, de como montar uma palavra, e não estou determinando a pronúcia.
Eu acho que você discordou da minha explicação por eu ter declarado esta frase: ,VOCÊ NÃO PRECISA CHECAR UM NATIVO PRA SABER A PRONÚNCIA CORRETA BASTA JUNTAR O SOM DE CADA LETRA.
Vou explicar o contexto desta frase: O que eu queria dizer nesta frase, é porque o autor do tópico fez a pergunta do verdadeiro som do “DE” em português,eu quis simplificar pra ele não se confundir mais ainda com tantas opiniões.
Por exemplo aqui em São Paulo nós pronunciamos "dji"na Bahia e em outros estado nordestino pronúncia "DI"só que esta pronúncia aqui em São Paulo é sotaque e não o som do alfabeto,lá na Bahia as pessoas pronuncia BÁNANA e em outros locais como aqui em São Paulo pronúncia da forma que você disse BÃNÃNA.A letra “E” na Bahia e em outros locais do nordeste pronuncia "É"no sudeste como aqui em São Paulo costuma pronunciar “Ê”.
Peço desculpas se não fui claro o suficiente e não soube me expressar adequadamente,mas o meu intuito é sempre ajudar e simplificar as questões.
Sim, entendi o que você quis dizer. E é justamente por isso que a conclusão é que é necessário checar um nativo. Se você “juntar o som de cada letra em DE” pronunciará a preposição de forma artifical, independentemente do sotaque, por exemplo.